Mais um dia igual aos outros.
Sentada na paragem de autocarros, observava as pessoas que passavam sempre a correr e com ar bastante preocupado.
Enfim, o nosso mundo é feito de stress.
Acabei por meter os phones nos ouvidos pois já não aguentava com as buzinadelas dos carros que passavam, e com a música de Mafalda Veiga deixei-me dormir.
Quando abri os olhos, assustei-me. Já não estava na paragem de autocarros e já não ouvia os barulhos poluentes.
Estava à beira de um lago sereno sem uma única agitação para além dos peixes a virem ao de cima petiscar.
Procurei algum pescador ou mesmo uma fábrica, visto que já não há água sem óleo ou lixo, mas não encontrei nada e a água era transparente como nunca tinha visto.
Procurei então carros estacionados ou beatas no chão, mas continuei a não encontrar nada. Parecia estar sozinha.
Pus a mão no bolso à procura do Mp4 e, sem querer, arranjei resposta para o que se passava. Não tinha o Mp4, o telemóvel, a mala, não tinha nada para além do que tinha vestido. De certeza que tinha sido roubada, fiquei inconsciente e levaram-me para o mato.
Mas porque não estava eu magoada ou a sangrar? Hoje em dia já não há assalto sem agressão.
Deixei de pensar nos porquês e concentrei-me mais em regressar a casa, caminhei pela floresta à procura de algo que nem eu sabia bem o quê.
Ouvia-se passarinhos e via-se veados em liberdade. As borboletas com cores extraordinárias não me temiam.
Subitamente, começo a ouvir uma melodia diferente de todas as outras. Soava como uma harpa mas parecia uma flauta, dava ritmo como a guitarra mas acalmava como o piano. Não consigo explicar tal maravilha, só sei que me dava vontade de a seguir. E assim fiz, segui o som durante horas até encontrar um largo relvado rodeado por árvores. Havia pequeníssimas cabanas como se fossem para as bonecas, tinham o formato de cogumelos e pelas chaminés saiam bolhas de água.
Pensei que fosse um parque de diversões e bati a uma das portas para pedir um táxi.
Mas, não era um parque de diversões, nem sei bem o que era. A porta abriu-se e espreitou uma criatura azul a perguntar quem era. Eu fiquei sem conseguir falar e como não obteve resposta saiu para ver o que se passava.
Era extremamente baixo, tinha possivelmente o tamanho de uma criança de quatro anos.
O seu azul era vivo e cobria todo o seu corpo, tinha uma túnica de palha vestida e um chapéu com o formato do clássico chapéu de bruxa, mas caído para baixo e, na sua ponta, estava preso um guizo portador de todas as cores do arco-íris.
Com a sua cara engraçada e esquisita olhou-me de cima a baixo com um ar interrogado mas de seguida sorriu.
- Muito Bom Dia! Precisa de ajuda? – Disse ele sorrindo.
- Ham… Precisava de uma ajudinha sim… Estou perdida…ham… não sei onde estou… - Disse eu, um pouco nervosa e atrapalhada.
- Oh menina, você deve ser da terra vizinha, quase que aposto…ai como se chama mesmo… a terra dos…dos… pensadores…ai…Pensadores do Seu Próprio Umbigo, é isso! – Concluiu ele já aflito.
- A terra do quê?! Não, nada disso… Eu sou do Montijo. Nem conheço essa terra… Já agora, que terra tão bonita é esta?
(Continua...)
Muito Bom... :)
ResponderEliminaresta jovem escreve pa caramba...
Boa sis :) :)
bjs
A parte do Montijo podias também tu inventar LOL mas gostei muito.
ResponderEliminarBeijo
Eu conheço essa terra, todos a pisamos pelo menos mil vezes na vida ;) A questão que me ponho é que tal cabeçinha de menina e de sonhadora não vai para aí. ;)
ResponderEliminarBeijão continua...
Tens presentinho no meu blogue para ti ;) Beijão
ResponderEliminarPocha ' meu perferido amoree ..
ResponderEliminarTu a espera da continuaçao ..
Te amo macaquinha ..
Continua a escrever :)
Olá ;)
ResponderEliminarDá uma espreitadela no meu blog :o)
www.ocantinhodamimi.blogspot.com
Beijinhos*