quarta-feira, 18 de março de 2009

E sonhar é assim…

Mais um dia igual aos outros.

Sentada na paragem de autocarros, observava as pessoas que passavam sempre a correr e com ar bastante preocupado.

Enfim, o nosso mundo é feito de stress.

Acabei por meter os phones nos ouvidos pois já não aguentava com as buzinadelas dos carros que passavam, e com a música de Mafalda Veiga deixei-me dormir.

Quando abri os olhos, assustei-me. Já não estava na paragem de autocarros e já não ouvia os barulhos poluentes.

Estava à beira de um lago sereno sem uma única agitação para além dos peixes a virem ao de cima petiscar.

Procurei algum pescador ou mesmo uma fábrica, visto que já não há água sem óleo ou lixo, mas não encontrei nada e a água era transparente como nunca tinha visto.

Procurei então carros estacionados ou beatas no chão, mas continuei a não encontrar nada. Parecia estar sozinha.

Pus a mão no bolso à procura do Mp4 e, sem querer, arranjei resposta para o que se passava. Não tinha o Mp4, o telemóvel, a mala, não tinha nada para além do que tinha vestido. De certeza que tinha sido roubada, fiquei inconsciente e levaram-me para o mato.

Mas porque não estava eu magoada ou a sangrar? Hoje em dia já não há assalto sem agressão.

Deixei de pensar nos porquês e concentrei-me mais em regressar a casa, caminhei pela floresta à procura de algo que nem eu sabia bem o quê.

Ouvia-se passarinhos e via-se veados em liberdade. As borboletas com cores extraordinárias não me temiam.

Subitamente, começo a ouvir uma melodia diferente de todas as outras. Soava como uma harpa mas parecia uma flauta, dava ritmo como a guitarra mas acalmava como o piano. Não consigo explicar tal maravilha, só sei que me dava vontade de a seguir. E assim fiz, segui o som durante horas até encontrar um largo relvado rodeado por árvores. Havia pequeníssimas cabanas como se fossem para as bonecas, tinham o formato de cogumelos e pelas chaminés saiam bolhas de água.

Pensei que fosse um parque de diversões e bati a uma das portas para pedir um táxi.

Mas, não era um parque de diversões, nem sei bem o que era. A porta abriu-se e espreitou uma criatura azul a perguntar quem era. Eu fiquei sem conseguir falar e como não obteve resposta saiu para ver o que se passava.

Era extremamente baixo, tinha possivelmente o tamanho de uma criança de quatro anos.

O seu azul era vivo e cobria todo o seu corpo, tinha uma túnica de palha vestida e um chapéu com o formato do clássico chapéu de bruxa, mas caído para baixo e, na sua ponta, estava preso um guizo portador de todas as cores do arco-íris.

Com a sua cara engraçada e esquisita olhou-me de cima a baixo com um ar interrogado mas de seguida sorriu.

- Muito Bom Dia! Precisa de ajuda? – Disse ele sorrindo.
- Ham… Precisava de uma ajudinha sim… Estou perdida…ham… não sei onde estou… - Disse eu, um pouco nervosa e atrapalhada.
- Oh menina, você deve ser da terra vizinha, quase que aposto…ai como se chama mesmo… a terra dos…dos… pensadores…ai…Pensadores do Seu Próprio Umbigo, é isso! – Concluiu ele já aflito.
- A terra do quê?! Não, nada disso… Eu sou do Montijo. Nem conheço essa terra… Já agora, que terra tão bonita é esta?


(Continua...)

6 comentários:

  1. Muito Bom... :)

    esta jovem escreve pa caramba...

    Boa sis :) :)

    bjs

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  2. A parte do Montijo podias também tu inventar LOL mas gostei muito.

    Beijo

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  3. Eu conheço essa terra, todos a pisamos pelo menos mil vezes na vida ;) A questão que me ponho é que tal cabeçinha de menina e de sonhadora não vai para aí. ;)
    Beijão continua...

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  4. Tens presentinho no meu blogue para ti ;) Beijão

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  5. Pocha ' meu perferido amoree ..
    Tu a espera da continuaçao ..
    Te amo macaquinha ..

    Continua a escrever :)

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  6. Olá ;)

    Dá uma espreitadela no meu blog :o)

    www.ocantinhodamimi.blogspot.com
    Beijinhos*

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